AUSÊNCIA
Por
muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava,
ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na
ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca,
tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e
invento exclamações alegres,
porque a ausência
assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário